Paris, 2009
"Aconteceram-me tantas coisas internamente nesse momento. Parecia quase destinado. Cada dia torno-me mais e mais egocêntrico. Será isto fraqueza? Estou a enlouquecer? Gostas destas últimas páginas? Tudo isto é terrivelmente importante. Sim, vem cá jantar amanhã. Vem e fica. Lava a loiça. Vê a alvorada aparecer. Nunca mais voltes. Não quero saber se o Hugo vê isto ou não. Não me importo. Amo-te e era isso que te queria dizer ao telefone. Era isso que eu queria escrever. Tudo o que dizes é tão verdade e eu sinto-o ainda mais que tu. Mas sem os pré-requisitos. És ainda uma hipócrita... Muito, muito pequenina, mas uma hipócrita. Amo-te. Deixa o Hugo ler isto. Deixa as coisas explodirem. Amo-te. Ligo-te amanhã de manhã."
Henry Miller
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